Janja critica Argentina por não apoiar resolução de igualdade de gênero durante G20 Social no Rio de Janeiro e destaca importância da voz feminina.



Na última quinta-feira, 14 de novembro de 2024, o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, foi palco da abertura do G20 Social, uma iniciativa que visa integrar a sociedade civil nas discussões que antecedem a Cúpula do G20. O evento representa um marco inédito, uma vez que permite que vozes da população sejam ouvidas em um espaço tradicionalmente dominado por líderes e representantes de governos.

Durante a cerimônia, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, enfatizou a relevância do evento, ressaltando que é fundamental que os líderes globais escutem o que é de interesse das comunidades. Em seu discurso, a primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, trouxe à tona a importância da igualdade de gênero e criticou a Argentina por não assinar uma resolução do Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres. Segundo Janja, esse fato é lamentável, já que a Argentina deixou de apoiar um documento forte que aborda questões fundamentais para a promoção da igualdade entre gêneros.

Além da primeira-dama, também estavam presentes figuras importantes do governo, como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo. Todos eles destacaram a importância da participação social nas discussões que ocorrerão ao longo do evento. Vieira ressaltou que pela primeira vez, a governança global está sendo debatida de forma mais inclusiva, seguindo uma nova abordagem proposta pela presidência brasileira no G20.

O coordenador do G20 Social, Márcio Macêdo, fez um balanço positivo da participação popular nos primeiros momentos do evento, indicando que mais de 33 mil pessoas estavam credenciadas, refletindo um interesse significativo da sociedade em participar das discussões. Ele defendeu que esse novo formato deve ser mantido nas futuras edições do G20, afirmando que é necessário trazer a população para o centro do debate sobre decisões que impactam suas vidas.

Outro ponto importante abordado foi a necessidade de reformular a governança global e a crítica ao modelo tradicional da ONU, que segundo Macêdo, não representa mais as dinâmicas do mundo atual. Ele também anunciou iniciativas como o PAC dos resíduos sólidos, que visa gerar empregos e promover a economia circular em diversas cidades do Brasil.

O G20 Social surge, portanto, como uma plataforma promissora para que a sociedade civil se envolva de forma mais ativa na formulação de políticas públicas, apresentando soluções e demandas que devem ser consideradas na elaboração das estratégias globais. A inclusão dessa nova voz nos debates é um passo importante para a democratização das discussões políticas em um contexto global.

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