O governo brasileiro, por meio de Vieira, expressou sua indignação ao qualificar tal tratamento como “degradante”. O ministro anunciou planos de solicitar explicações formais às autoridades norte-americanas sobre a forma como esses cidadãos foram tratados durante a deportação. Essa situação alarmante foi levantada após a chegada de um voo que transportava 158 deportados, sendo 88 deles brasileiros, que inicialmente estava previsto para pousar no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, mas passou por uma escala emergencial em Manaus devido a problemas técnicos.
A partir de orientações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a Polícia Federal fez o recepção dos deportados em Manaus, onde as condições de chegada foram constatadas. Lewandowski não hesitou em classificar a situação como um “desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros” em uma nota oficial divulgada. Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o envio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para garantir que os cidadãos pudessem retornar com dignidade.
Essa série de eventos ocorre em meio a uma nova política de deportação promovida pelo governo dos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump, que anunciou uma operação de deportação em massa logo após sua posse. A medida abrangeu diversas diretrizes, incluindo a deportação imediata de todos os migrantes que entrassem ilegalmente no país. Nos últimos meses, os dados indicam que milhares de migrantes foram detidos na fronteira sul dos EUA, sendo a detenção de brasileiros uma questão que tem gerado crescente preocupação e indignação nas esferas governamentais brasileiras. O governo do Brasil agora se vê desafiado a assegurar a proteção de seus cidadãos no exterior e a questionar intervenções que possam atentar contra seus direitos humanos e dignidade.