Itamaraty enfrenta desafios estruturais para sediar COP 30 em Belém em 2025, alerta Sinditamaraty em carta aberta.



O Sinditamaraty, representante dos servidores do Ministério das Relações Exteriores, expressou sua preocupação em relação às condições estruturais, de recursos humanos e logísticas do Itamaraty para sediar eventos internacionais de grande porte, como a COP 30, prevista para ocorrer em Belém, no Pará, em 2025. Em uma carta aberta divulgada recentemente, o sindicato destacou que a realização da COP 30 não apenas representa uma oportunidade para o Brasil reafirmar sua liderança no debate climático global, mas também um desafio para a capacidade institucional do Itamaraty em coordenar um evento dessa magnitude.

Os principais desafios apontados pelo sindicato para sediar a COP na região amazônica incluem a falta de recursos humanos e infraestrutura inadequada. De acordo com o Sinditamaraty, o quadro de servidores está reduzido e sobrecarregado, sem reposição adequada de pessoal, e as limitações orçamentárias prejudicam as condições de trabalho. Além disso, a infraestrutura do Ministério necessita de melhorias para acomodar reuniões multilaterais e eventos internacionais.

A presidente do Sinditamaraty, Ivana Vilela Pereira Borges de Lima, solicitou um aumento no orçamento destinado ao Ministério das Relações Exteriores para contratação e capacitação de servidores, pagamento tempestivo dos servidores envolvidos, aquisição de equipamentos e investimentos em infraestrutura física e tecnológica. Ela também propôs a criação de programas de capacitação continuada para os servidores, com foco em gestão de eventos e negociações internacionais.

Além da COP 30, o Brasil também sediará a cúpula dos Brics em 2025. As atividades do bloco sob a presidência brasileira devem se concentrar no primeiro semestre do ano, enquanto a COP 30 será realizada na segunda metade do ano. A última vez que o Brasil ocupou a presidência dos Brics foi em 2019, durante o mandato do então presidente Jair Bolsonaro. Entre as prioridades da presidência brasileira no G20, encerrada em novembro de 2024, estão a reforma da governança global e a transição energética.

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