Israelenses apoiam troca de reféns por prisioneiros palestinos, revela pesquisa que mostra disposição para acordos controversos para o fim do conflito.



Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Política Popular Judaica revelou que uma significativa maioria da população israelense é favorável à troca de reféns por palestinos encarcerados, mesmo aqueles considerados como terroristas. Os resultados indicam que aproximadamente 64% dos entrevistados estão dispostos a libertar indivíduos que, segundo eles, têm “sangue nas mãos”, em troca dos reféns mantidos pelo Hamas. Essa situação surge em um contexto marcado por tensões elevadas na região, que se intensificaram desde um ataque devastador realizado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou mais de 1.100 israelenses mortos e cerca de 253 reféns em cativeiro.

Significativo também é o fato de que 55% dos israelenses acreditam que as cláusulas exigidas pelo Hamas podem ser consideradas, uma vez que confiam que Israel poderia retomar as hostilidades no futuro, caso necessário. Contudo, mesmo com essa abertura para um acordo, cerca de 59% estão contra um “acordo de libertação parcial”, sugerindo uma firmeza na posição de que todos os reféns devem ser liberados em um só ato.

A pesquisa também abordou a questão da permanência do Hamas no poder, gerando uma forte oposição: 73% dos israelenses se manifestaram contra a ideia de permitir que o grupo militantemente permaneça ativo no cenário político. A divisão ideológica entre as diferentes vertentes políticas no país é notável; enquanto os apoiadores da direita e centro-direita se opõem a uma retirada total das Forças de Defesa de Israel (FDI) de Gaza, os que se identificam com a esquerda e centro-esquerda demonstram apoio a essa medida.

Os eventos mais recentes no conflito, incluindo as ações de retaliação de Israel após os ataques do Hamas, resultaram em consequências devastadoras para a população de Gaza, com mais de 46.500 mortos e um número superior a 109.660 feridos desde o início das hostilidades. Em meio a essa crise, diversos países, entre eles a Rússia, vêm pressionando por um cessar-fogo e defendendo a proposta de uma solução de dois Estados como única alternativa viável para a paz duradoura na região. Desse modo, o cenário continua a ser marcado por complexidades políticas e humanitárias que exigem um gerenciamento cuidadoso e a busca por um diálogo significativo.

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