Essa ação militar gerou uma forte reação por parte do governo do Catar, um país que tem atuado como mediador nas conversações entre Israel e Hamas ao lado dos Estados Unidos. Em um comunicado oficial, Doha qualificou o ataque como um “ato covarde” e anunciou o início de uma investigação. Um porta-voz do Hamas confirmou à rede Al-Jazeera que a reunião estava, de fato, acontecendo durante o ataque, mas não forneceu informações sobre possíveis vítimas.
Apesar da repercussão negativa que a ação recebeu no cenário internacional, o Exército israelense declarou ter tomado “medidas para minimizar os danos colaterais”. Segundo autoridades, foram utilizadas munições de precisão e inteligência estratégica para mitigar riscos a civis durante a operação.
Historicamente, o Catar abriga membros da alta cúpula do Hamas. No entanto, ações diretas de Israel em seu território são relativamente raras. Um exemplo notável é o ex-líder do grupo, Ismail Haniyeh, que residia em Doha e só foi alvo do Exército israelense após sair do Catar e se deslocar ao Irã. Este ataque representa uma escalada significativa nas tensões na região, inserindo um novo capítulo em uma dinâmica já complexa entre Tel Aviv, Hamas e os mediadores internacionais envolvidos no conflito.
Conforme os desdobramentos da situação continuam a ser monitorados, o futuro das negociações de paz e a estabilidade na região permanecem incertos, intensificando as preocupações sobre as implicações dessa ofensiva não apenas para Israel e o Hamas, mas também para a comunidade internacional que observa de perto os acontecimentos na região.