O objetivo das FDI, segundo informações obtidas, é neutralizar as operações do Hamas, que opera em um sistema complexo de túneis subterrâneos. Estima-se que, até o momento, apenas 25% dos aproximadamente 900 quilômetros de túneis identificados tenham sido desmantelados. A expectativa é de que, ao longo dos próximos 60 dias, as tropas israelenses avancem significativamente nas posições ocupadas pelo grupo militante.
A operação teve início em 18 de março, quando Israel respondeu a uma recusa do Hamas em aceitar um plano de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, que expirou no início do mês. Desde então, o número de vítimas na região tem sido alarmante. Dados do Ministério da Saúde de Gaza indicam que mais de 3.700 pessoas perderam a vida e mais de 10.700 ficaram feridas durante este período. A escalada de violência traz à tona uma grave crise humanitária, exacerbando a situação já precária enfrentada por mais de dois milhões de civis que habitam Gaza.
Adicionalmente, o plano de evacuação dos civis prevê que aqueles que se encontrarem nas áreas de confronto sejam redirecionados para “zonas mais seguras”, como a área costeira de al-Mawasi, em Deir al-Balah e Nuseirat, além de partes centrais da Cidade de Gaza. Essa movimentação levanta preocupações sobre o impacto humanitário e as consequências sociais em uma região marcada por décadas de conflito.
O desdobrar dessa situação certamente irá influenciar não apenas as dinâmicas regionais, mas também a percepção global sobre o conflito israelo-palestino, que continua a mobilizar a atenção internacional. À medida que os dias passam, o mundo observa com preocupação os passos seguintes deste confronto que, para muitos, já atingiu níveis alarmantes de intensidade e tragédia.