A ex-funcionária do Departamento de Defesa dos EUA, Dana Stroul, destacou em declarações patentes que “a questão das munições de Israel é séria”. O reconhecimento da escassez é reforçado pela realidade de que os estoques de munições norte-americanos estão se esgotando, dificultando a assistência simultânea a Israel e à Ucrânia, que também está envolvida em um conflito armado. A situação se torna ainda mais crítica devido à possibilidade de uma resposta em larga escala do Irã e do Hezbollah a qualquer ataque por parte de Israel, o que poderia sobrecarregar as defesas aéreas do país.
Em resposta a essa crise, Boaz Levy, CEO da Israel Aerospace Industries, relatou que a sua fábrica está operando em três turnos, com várias linhas funcionando 24 horas por dia, em uma tentativa de aumentar a produção e atender à demanda crescente. Apesar dessas iniciativas, a natureza imprevisível dos ataques e a capacidade logística limitada fabricada por fatores políticos e econômicos continuam a causar incertezas sobre a eficácia do sistema defensivo de Israel.
Vale ressaltar que, recentemente, o Irã disparou uma considerável quantidade de foguetes, aproximadamente 180, em direção a Israel, alegando que o ato foi uma reação de autodefesa. No entanto, as informações oficiais israelenses indicam que, até o momento, não houve vítimas entre os cidadãos israelenses. A complexidade do cenário é agravada pela assertividade do Hezbollah, que, segundo analistas, tem mantido em segredo sua capacidade total de lançamento de foguetes, atingindo apenas uma fração do seu potencial de ataque.
Esse quadro exige uma atenção redobrada por parte de analistas de segurança, uma vez que a escalada de tensões entre Israel e seus vizinhos apresenta riscos não apenas para a estabilidade da região, mas também para os interesses de potências globais envolvidas nas dinâmicas geopolíticas do Oriente Médio. Assim, o desenvolvimento dessa crise em torno da escassez de mísseis antiaéreos gerará repercussões significativas nos próximos meses.
