Israel e Síria Avançam em Negociações de Segurança, Mas Tratado de Paz Pode Levar Tempo, Afirma Netanyahu

Israel está dando passos significativos em direção a um entendimento de segurança com a Síria, mas um tratado de paz ainda parece estar longe de ser alcançado, conforme declarado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Em uma reunião do governo, Netanyahu destacou que os recentes êxitos militares contra o Hezbollah no Líbano têm criado uma “janela de oportunidade” para negociações com o país vizinho, o que anteriormente parecia improvável.

O premiê afirmou que, embora tenha havido progresso nas discussões com Damasco, o caminho para um pacto de paz é longo e complicado. A atual fase de contatos diplomáticos entre Israel e Síria, acrescentou Netanyahu, não teria sido possível sem as conquistas estratégicas israelenses ao longo das fronteiras do norte e em outras frentes. Esse cenário revela uma nova dinâmica nas relações entre os dois países, tradicionalmente adversários.

A expectativa de um acordo de segurança mediado pelos Estados Unidos, conforme declarado por Ahmed al-Sharaa, presidente de transição da Síria, propõe avanços nos termos da segurança, mas não se traduz em uma normalização das relações diplomáticas entre os dois países. Este ponto é crucial, uma vez que a Síria ainda hesita em formalizar sua convivência pacífica com Israel, num contexto histórico de hostilidade que perdura há décadas.

Recentemente, Israel elaborou um rascunho de acordo de segurança inspirado no pacto firmado com o Egito em 1979. Tal proposta visa substituir o acordo de retirada de 1974, que perdeu relevância após a recente mudança de governo na Síria e a ocupação de uma zona-tampão por Israel ao longo da fronteira síria.

Essas movimentações nos corredores da diplomacia sugerem um cenário complexo, com interesses conflitantes e a necessidade de um equilíbrio delicado. Enquanto Israel busca consolidar sua segurança regional, a Síria avalia cuidadosamente suas opções, em um momento em que as tensões no Oriente Médio permanecem altas. O futuro das negociações, portanto, dependerá não apenas das interações bilaterais, mas também das dinâmicas geopolíticas mais amplas que envolvem a região.

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