Esse movimento segue um decreto assinado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que resultou na retirada dos EUA tanto do Conselho de Direitos Humanos da ONU quanto da Agência da ONU para os Refugiados da Palestina. Sa’ar criticou o Conselho, afirmando que suas resoluções têm se concentrado em atacar Israel, um “país democrático”, aludindo à existência de mais de 100 resoluções condenatórias direcionadas a Tel Aviv — representando mais de 20% do total de sanções emitidas pelo órgão. O ministro enfatizou que esse cenário de discriminação não será mais tolerado por Israel.
A saída de Israel e dos Estados Unidos do Conselho surge em um contexto de pressões internacionais, onde vários países estão solicitando a responsabilização de Tel Aviv pelas altas taxas de mortalidade civil na Faixa de Gaza. Acusações de genocídio contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estão circulando, particularmente após um período de intenso conflito que resultou na morte de mais de 47 mil palestinos e cerca de 1.200 israelenses ao longo dos últimos 15 meses.
Em janeiro, as tensões entre Israel e o Hamas levaram à mediação de um cessar-fogo de 42 dias, facilitado por Catar, Egito e Estados Unidos, com ambas as partes expressando a intenção de encerrar as hostilidades de maneira definitiva. O acordo inicial prevê uma troca parcial de prisioneiros, a retirada das tropas israelenses para as fronteiras de Gaza e a entrada de ajuda humanitária, mas outras etapas ainda estão em fase de negociação.
A decisão de Israel de se retirar do Conselho de Direitos Humanos da ONU marca um momento significativo nas relações internacionais, refletindo não apenas uma aliança mais forte com os EUA sob a administração Trump, mas também a crescente polarização nas discussões sobre os direitos humanos no Oriente Médio.









