Na última quarta-feira (5), o ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Sa’ar, anunciou a decisão de Israel de abandonar o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa medida ocorre logo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar um decreto retirando os EUA da Agência da ONU para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio e do próprio Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O ministro Sa’ar expressou contentamento com a decisão de Trump e afirmou que Israel se junta aos EUA nessa postura de não participar mais do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Segundo Sa’ar, o conselho tem se dedicado mais a atacar Israel, um país democrático, e propagar o antissemitismo do que promover efetivamente os direitos humanos. Ele destacou que Israel foi alvo de mais de 100 resoluções condenatórias, representando mais de 20% de todas as resoluções aprovadas na história do Conselho.
Além do contexto americano, essa decisão é tomada em meio a acusações de diversos países responsabilizando Tel Aviv pela morte de civis na Faixa de Gaza. Autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, têm sido acusadas de suposto genocídio nesse conflito.
Em janeiro, Hamas e o governo israelense concordaram com um cessar-fogo mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, após embates que resultaram em mortes de palestinos e israelenses. O acordo prevê a troca parcial de prisioneiros, a retirada das tropas israelenses de Gaza e a entrada de ajuda humanitária, com outras etapas ainda em negociação.
Essa decisão de Israel de abandonar o Conselho de Direitos Humanos da ONU reflete um posicionamento de rejeição às acusações e condenações frequentes que o país tem enfrentado nesse órgão internacional. A controvérsia e os desafios na região do Oriente Médio continuam a despertar atenção e preocupação da comunidade internacional.









