Além do escritório, a operação militar israelense resultou ainda na destruição de infraestrutura essencial, incluindo estradas, sistemas de água e redes elétricas dentro do campo. Essa atual situação preocupa, pois transcende questões humanitárias, afetando diretamente a vida de milhares de pessoas que já enfrentam desafios significativos em suas condições diárias.
Recentemente, a situação se agravou com a aprovação de dois projetos de lei pelo parlamento israelense, que proíbe a atuação da UNRWA no território nacional e impede que autoridades israelenses mantenham qualquer tipo de relação com a agência. Este movimento legislativo é visto por Lazzarini como um golpe nas tentativas da UNRWA de fornecer apoio e assistência a quem mais precisa, deslegitimando seus esforços em um contexto já crítico para os refugiados palestinos.
A UNRWA tem sido a principal provedora de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, e a imposição de restrições às suas operações poderá ter consequências devastadoras para a população que depende desse suporte em meio a um cenário de intensas tensões e conflitos na região.
O desmantelamento do escritório da UNRWA e a interrupção de serviços básicos em resposta a uma operação militar destacam as complexas interações entre segurança, política e direitos humanos na região. Além disso, essas medidas levantam questões sobre o futuro da assistência humanitária e a proteção dos direitos dos refugiados em um dos contextos mais desafiadores do mundo contemporâneo. Com o aumento da violência e a deterioração das condições de vida, a situação exige uma atenção urgente da comunidade internacional, que observa com preocupação os desenrolares deste conflito prolongado.