A polêmica surge em meio a tensão crescente no Oriente Médio, especialmente após alegações de que tanques israelenses invadiram uma base da UNIFIL no Líbano. A UNIFIL confirmou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) destruiram o portão principal da base e exigiram que apagassem as luzes, uma ação que acirrou ainda mais os ânimos entre as partes. Essa incursão é vista como um desrespeito à presença da ONU, e a situação levanta preocupações sobre a eficácia das missões de paz da organização.
Paralelamente, o chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, criticou Israel, pedindo que o país parasse de usar António Guterres, o secretário-geral da ONU, como bode expiatório pelos ataques contra os capacetes azuis. Borrell descreveu as acusações de antissemitismo feitas contra Guterres como caluniosas, reiterando que o Conselho de Segurança da ONU é o responsável pelas decisões referentes às operações de paz.
A escalada de tensões ocorre em um cenário onde a região já está em alerta máximo após o Irã lançar mísseis de longo alcance em resposta aos ataques israelenses. Este ambiente tenso levou os Estados Unidos a anunciarem o envio de mais tropas e sistemas de defesa antimísseis para Israel, destacando a gravidade da situação.
Israel também afirmou estar avançando em suas operações militares na fronteira com o Líbano, alegando que destruiu diversas instalações do Hezbollah, como túneis e postos de comando, em um esforço para neutralizar a ameaça representada por esse grupo. Assim, a dinâmica entre Israel, o Hezbollah e a UNIFIL continua a ser um ponto crítico de instabilidade na região.