O Hamas, por sua vez, reagiu de forma veemente, acusando Israel de tentar sabotar o acordo existente. Para o grupo, a decisão de cortar a ajuda humanitária representa uma “extorsão barata, um crime de guerra e um ataque flagrante” à trégua em vigor. Apesar disso, nenhuma das partes afirmou que o cessar-fogo havia chegado ao fim.
Segundo informações de um oficial israelense, a suspensão da ajuda humanitária foi coordenada com a administração de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos. A proposta para estender o cessar-fogo, que teria vindo do enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, previa a extensão do acordo até o início do Ramadan e o feriado judaico da Páscoa.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, afirmou que o país estava disposto a negociar a próxima fase do cessar-fogo, mas ressaltou a importância da libertação dos reféns durante as negociações. Ele destacou que Israel cumpriu todos os compromissos da primeira fase do acordo, mas que a liberação dos reféns é uma questão crucial para o país.
O Hamas, por sua vez, alertou que qualquer tentativa de atrasar ou cancelar o acordo de cessar-fogo teria consequências humanitárias para os reféns. O grupo reiterou sua disposição em liberar todos os reféns restantes na segunda fase do acordo, desde que suas condições sejam atendidas.
A situação na Faixa de Gaza permanece volátil, com as partes envolvidas demonstrando posições firmes em relação ao acordo de cessar-fogo e às negociações em andamento. A comunidade internacional segue atenta aos desdobramentos dessa crise, que envolve não apenas questões humanitárias, mas também implicações políticas e de segurança na região do Oriente Médio.