Israel coloca em risco acordo de cessar-fogo em Gaza, afirma membro do Hamas em meio a atrasos na implementação.

O acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que está em vigor desde 19 de janeiro, está enfrentando ameaças devido à suposta “falta de vontade de Israel” em cumprir a primeira fase do pacto. Basem Naïm, membro do gabinete político do Hamas, alertou para o risco de suspensão ou mesmo rompimento do acordo devido ao atraso e falta de comprometimento por parte de Israel.

Em declarações à mídia francesa, Naïm enfatizou a importância da implementação da primeira fase do acordo e afirmou que o Hamas não deseja um retorno à guerra. Segundo o acordo, 33 reféns israelenses e aproximadamente mil prisioneiros palestinos devem ser libertados em um período de 42 dias. Além disso, a ajuda humanitária aumentou significativamente desde o início do cessar-fogo, com a entrada diária de 600 caminhões, incluindo 50 com combustível, em Gaza. Israel também permitiu o retorno de palestinos do sul ao norte da região.

O Catar, o Egito e os Estados Unidos estão garantindo o acordo e coordenando as negociações no Cairo. No 16º dia do cessar-fogo, Israel e Hamas concordaram em iniciar as tratativas para a segunda fase, que inclui a libertação dos reféns restantes, um cessar-fogo permanente e a retirada total das tropas israelenses. A terceira fase prevê a troca de restos mortais, a reconstrução de Gaza e o fim do bloqueio.

É importante ressaltar que este é o segundo cessar-fogo desde o início do conflito, sendo que o primeiro, em novembro de 2023, durou apenas seis dias. Diante desse cenário delicado, as autoridades internacionais e as partes envolvidas estão trabalhando para garantir o cumprimento e a continuidade do acordo, visando a paz e a estabilidade na região.

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