A crise ganhou um novo capítulo com o reconhecimento por parte do Exército de Israel de que matou três reféns sequestrados pelo grupo terrorista Hamas, após tê-los identificado “erroneamente” como “uma ameaça”. Esta revelação aumenta a pressão sobre o país, não apenas pela proteção dos civis, mas também pela necessidade de garantir o acesso à ajuda humanitária em Gaza, onde a escassez é evidente.
A abertura temporária para a entrada de ajuda humanitária foi comemorada pelo representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) para os territórios palestinos, que enfatizou a necessidade de permitir o acesso de caminhões com itens básicos em todo o território palestino. A guerra mergulhou a Faixa de Gaza em uma crise humanitária de grandes proporções, resultando no deslocamento de 1,9 milhão de habitantes, o que corresponde a cerca de 85% de sua população, segundo dados da ONU.
Além disso, a guerra também tem gerado tensões e confrontos em outras regiões, como na Cisjordânia, onde mais de 280 palestinos já morreram em incursões do Exército israelense. Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, os bombardeios recentes já deixaram dezenas de mortos e feridos em Khan Yunis, além de relatos de que uma casa onde havia soldados de Israel foi detonada na mesma cidade.
A situação também tem afetado a cobertura jornalística, com relatos de agressões violentas contra jornalistas por parte da polícia israelense e a morte de mais de 60 profissionais de mídia desde o início do conflito. Diante deste cenário, os Estados Unidos, principal aliado de Israel, começaram a dar sinais de impaciência, pedindo a redução da intensidade das operações militares e alertando que não seria “correto” se Israel ocupasse a Faixa de Gaza a longo prazo.
Com isso, Israel enfrenta não apenas o desafio de controlar a situação em Gaza e reduzir o impacto sobre a população civil, mas também de lidar com a pressão internacional e procurar uma solução para o conflito que tem se mostrado cada vez mais complexo e destrutivo.