Nesta segunda-feira, autoridades militares determinaram a retirada imediata de moradores de cerca de 20 áreas da Faixa de Gaza. No domingo, a ordem foi para que os residentes deixassem diversos bairros de Khan Yunis, para onde muitas pessoas do norte haviam fugido. Agora, o novo destino desses moradores é a cidade de Rafat, perto da fronteira com o Egito. No entanto, a dificuldade de acesso à internet prejudica a ação, dificultando o atendimento das orientações.
Além dos ataques por terra, Israel também segue com bombardeios aéreos, alegando ter atingido 200 alvos do grupo palestino Hamas em toda a Faixa de Gaza somente nesta segunda-feira. A situação é dramática e, segundo relatos, palestinos reviram escombros em busca de sobreviventes em Rafat, área que foi atingida por um bombardeio, apesar de ser considerada segura.
Os números impressionam: desde o início do conflito, quase 16 mil palestinos, sendo 70% mulheres e crianças, morreram em decorrência dos ataques. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, um dos poucos hospitais ainda em funcionamento em Rafat está passando por dificuldades devido ao aumento da população, que carece de medicamentos, alimentos e água.
Enquanto isso, em Israel, 140 pombos-correio foram soltos perto da entrada de uma das comunidades mais afetadas pelo ataque do Hamas, em uma tentativa simbólica de demonstrar a esperança de retorno dos mais de 100 reféns mantidos pelo grupo terrorista.
O cenário é complexo e a situação parece longe de uma solução. O conflito no Oriente Médio não tem previsão para terminar e as consequências humanitárias são cada vez mais preocupantes. A comunidade internacional acompanha com apreensão o desenrolar dos acontecimentos, esperando por uma solução pacífica e que atenda aos anseios de todas as partes envolvidas.