Esse ataque ocorreu em um contexto já tenso, onde países como França, Reino Unido e Canadá haviam emitido advertências a Tel Aviv sobre possíveis sanções, caso o cerco à Faixa de Gaza continuasse. Este cerco tem gerado uma crise humanitária severa, colocando em risco a vida de cerca de 14 mil recém-nascidos, conforme informam autoridades da ONU. Em uma resposta a isso, o Congresso espanhol manifestou apoio a um embargo de armas contra Israel, citando preocupações éticas e humanitárias.
O analista internacional Daniel Lobato comentou sobre a situação, destacando que tal violência representa a impunidade histórica concedida a Israel por seus aliados ocidentais. Ele argumenta que os disparos contra diplomatas demonstram não apenas um desrespeito pelas normas internacionais, mas também uma sinalização dos colonos israelenses para que os países que os apoiam não recuem em sua ajuda, mesmo diante das atrocidades relatadas.
Lobato compara a situação atual ao que ocorreu em colônias históricas e enfatiza a mudança de paradigma em um mundo cada vez mais ciente dos direitos humanos. Para ele, a relação de apoio incondicional que Israel recebe de potências ocidentais está enfrentando um momento crítico, onde a pressão por responsabilidade e ações concretas tem aumentado.
Imediatamente após o ataque, a ministra das Relações Exteriores da União Europeia solicitou uma investigação, lembrando que Israel é signatário da Convenção de Viena, que obriga os países a garantir a segurança de diplomatas. O comentário de Lobato sobre a violação contínua de convenções internacionais por Israel, incluindo as Convenções de Genebra e acordos sobre genocídio, sublinha a percepção de um padrão de impunidade que persiste há décadas.
Essa sequência de eventos revela uma contradição nas posturas dos EUA e países europeus, que, embora desejem manter o suporte a Israel, sentem a pressão interna e internacional para que se responsabilize por suas ações, sem saber como equilibrar essa difícil situação.