Irmãos são absolvidos em segundo júri popular pela morte do tio em Tanque D’Arca após alegarem legítima defesa


No último sexta-feira (24), os irmãos Waldirene Araújo da Silva e Salustiano Araújo da Silva foram absolvidos pela justiça do crime de assassinato de seu tio, o fazendeiro Antônio Castro de Araújo, ocorrido no dia 7 de março de 2013, no município de Tanque D’Arca, no interior do estado. A decisão veio após um segundo júri popular do caso, onde foi reconhecida a legítima defesa dos acusados.

Waldirene Araújo, que é policial militar do estado de São Paulo, e seu irmão eram acusados de terem cometido o crime, utilizando facadas e pauladas, motivados pela venda das terras da mãe deles, que posteriormente se arrependeu da transação. No primeiro julgamento, que ocorreu em novembro de 2017, Salustiano foi condenado a 22 anos e 6 meses de prisão, enquanto Waldirene recebeu uma pena de 19 anos, 5 meses e 14 dias.

Após um recurso dos réus, o julgamento foi anulado e transferido para Maceió, onde ocorreu o segundo júri. Durante o processo, Waldirene alegou que agiu em legítima defesa para proteger seu irmão, afirmando que o tio tentou atacá-lo. Essa versão, no entanto, foi contestada pelo Ministério Público, que argumentou que o laudo da perícia não corroborava com a legítima defesa, já que as facadas teriam sido desferidas pelas costas da vítima.

Apesar da decisão favorável aos irmãos, o Ministério Público não confirmou se irá recorrer da decisão. A absolvição dos acusados trouxe um desfecho controverso para o caso, que envolveu uma família e um crime que chocou a pequena cidade de Tanque D’Arca. Agora, cabe às autoridades competentes analisarem os próximos passos desse processo judicial que teve desdobramentos significativos ao longo dos últimos anos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!



Botão Voltar ao topo