Desde a infância pobre em Avelino Lopes, no Piauí, até a vida adulta abastada proporcionada pelos negócios ilícitos em São Paulo e no nordeste, os irmãos sempre estiveram juntos. Ambos estudaram somente até o ensino fundamental antes de se mudarem para São Paulo no início dos anos 2000, onde foram presos por roubo seis anos depois.
Por trás das grades, eles ingressaram no Primeiro Comando da Capital (PCC), colaborando para a expansão territorial e o fortalecimento da facção criminosa. Com o passar dos anos, Pequeno e Pantera se aperfeiçoaram no esquema empresarial para a venda de drogas, seguindo a liderança de Marcola, assumida em 2002.
A morte de Pequeno, resultado de uma disputa por território com outra célula do PCC no Piauí, gerou revolta em Pantera, que organizou uma vingança brutal, desencadeando uma série de eventos sangrentos. A Polícia Federal descobriu que os irmãos lideraram uma célula que organizou um mega assalto frustrado a uma empresa de transporte de valores no Mato Grosso, resultando na morte de 18 membros do bando pela polícia.
Após a morte de Pequeno, Pantera assumiu o controle do grupo, coordenando homicídios de rivais, o tráfico de armas e drogas, além de exigir a entrega de bens deixados pelo irmão. Ele acabou sendo preso em flagrante em Itapeva, interior de São Paulo, após a polícia encontrar uma pistola calibre 380 e munições dentro de sua geladeira.
A prisão de Pantera, sua esposa Patroa e do CAC Terrorista, durante a Operação Baal, revelou a complexidade e a brutalidade das operações do PCC. Outros membros do grupo também foram presos durante a ação conjunta da PF e do Gaeco. O desenrolar dessa história traz à tona o submundo do crime no Brasil e a influência do PCC em diversas regiões do país.