O Conselho Tutelar da Região II confirmou o parentesco entre as duas vítimas, o que gerou uma comoção ainda maior em torno do caso. Maria Clara desapareceu quando saiu de casa para brincar no bairro Vergel do Lago, em Maceió, e desde então não foi mais vista.
A criança de 10 anos, que teve a boca queimada, está internada no Hospital Geral do Estado (HGE) em estado estável, apesar das queimaduras. Não há previsão de alta para o garoto, que ainda passa por cuidados médicos.
A avó teria aberto a boca da criança para que seu companheiro pudesse colocar o ovo quente, como forma de castigo. O conselheiro da região, Tércio Davi, confirmou a ocorrência e relatou que o crime foi motivado pelo fato da criança ter presenciado cenas de cunho sexual com o sogro da avó.
O menino foi encontrado no bairro do Vergel após uma denúncia anônima da população. No entanto, a avó e seu companheiro foram presos no bairro do Trapiche. Após receber alta do hospital, o menino será levado para um abrigo, onde receberá cuidados e proteção.
Além desse caso, a conselheira Valmenia Santos informou que uma prima do menino também está em um abrigo por ter sofrido maus-tratos da família. A negligência e violência doméstica são questões graves presentes na vida dessas crianças, que agora buscam por segurança e um ambiente saudável para viver.
O desaparecimento de Maria Clara ainda é um mistério, com poucas pistas sobre seu paradeiro. O ex-padrasto da menina afirmou que a mãe dela teria prometido doá-la para outra família, mas a polícia ainda não obteve informações concretas sobre o caso. Imagens de câmeras de segurança não foram suficientes para confirmar o paradeiro da menina.
A comunidade local se mobilizou para divulgar fotos de Maria Clara e tentar encontrar pistas que levem ao seu paradeiro, mas até o momento a situação permanece sem solução. O caso das crianças vítimas de maus-tratos e desaparecimento exige uma ação efetiva das autoridades e da sociedade para garantir a proteção e o bem-estar desses menores em situação de vulnerabilidade.
