A justificativa para a prisão preventiva de Nicanor foi devido ao risco de fuga e pela possibilidade de interferência nas investigações, devido à sua relação de parentesco com a presidente do Peru. Além do irmão da mandatária, outros três investigados pelo mesmo caso foram alvo da mesma decisão judicial, com a imposição de 36 meses de prisão preventiva para cada um.
O Ministério Público acusa Nicanor Boluarte de liderar uma rede de corrupção que envolvia a nomeação de funcionários em troca de propina, se aproveitando do poder que exercia por ser irmão da presidente. A promotoria apontou o risco de fuga do acusado e a necessidade de evitar que ele se comunicasse com outros envolvidos no caso como fundamentos para o pedido de prisão preventiva.
A legislação peruana permite um máximo de 36 meses de prisão preventiva em casos complexos, e Nicanor Boluarte já havia estado detido brevemente em maio, antes de ser libertado por uma decisão judicial. De acordo com a acusação, os envolvidos no esquema recrutavam pessoas para inscrever um novo partido político sob o nome “Cidadãos pelo Peru”, liderado pelo irmão da presidente.
A investigação aponta que a rede corrupta comandada por Nicanor Boluarte atuava na nomeação de prefeitos e subprefeitos em troca de benefícios econômicos, sendo que esses funcionários eram responsáveis por representar o governo em várias regiões do país. A organização criminosa teria começado suas atividades logo após a posse de Boluarte como presidente.