O primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Sudani, tomou a decisão de instruir seu Ministério das Relações Exteriores a contatar os Estados Unidos para discutir a questão. Esse movimento torna-se ainda mais significativo, considerando o Acordo-Quadro Estratégico firmado entre Bagdá e Washington em 2009, pelo qual os Estados Unidos se comprometeram a garantir a segurança e a soberania do Iraque. A nota de protesto enviada à ONU enfatiza que o Iraque proíbe categoricamente o uso de seu espaço aéreo e território para atacar outros Estados, especialmente aqueles com os quais mantém relações amistosas, como o Irã.
Além do Iraque, a Jordânia também se manifestou contra a interferência israelense em seu espaço aéreo, alegando que Israel está utilizando sua posição estratégica na região para realizar ataques israelenses contra o Irã. Esta situação não apenas agrava as tensões entre os países, mas sugere a possibilidade de um conflito mais amplo envolvendo potências que têm interesses na região.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) justificaram as operações aéreas como uma resposta a ataques iranianos anteriores, visando especificamente instalações que produzem mísseis utilizados contra Israel. Este ciclo de retaliações e acusações entre o Irã e Israel reflete um histórico de hostilidade que parece não encontrar solução, amplificando as dores de uma região já marcada por conflitos.
A escalada das tensões no Oriente Médio, especialmente entre Israel e seus vizinhos, levanta preocupações sobre a possibilidade de um conflito mais amplo. As reações da comunidade internacional, especialmente dos Estados Unidos, serão cruciais para evitar um agravamento da situação, dada a influência que Washington exerce sobre seus aliados e a necessidade de preservar a estabilidade na região. O desdobramento deste caso dentro da ONU e as possíveis ações diplomáticas que se seguirão são observados cuidadosamente por todos os envolvidos.