Irã promete manter programa nuclear em meio a bombardeios dos EUA e tensões crescentes com Israel, desafiando os alertas internacionais sobre seu desenvolvimento bélico.



O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohammad Eslami, declarou em uma coletiva nesta terça-feira que o país não apenas manterá, mas também intensificará seu programa nuclear, que se tornou um ponto central na atual conflictualidade com Israel, especialmente após uma série de confrontos que perduram há 12 dias. Eslami enfatizou a importância de garantir a continuidade da produção e dos serviços relacionados à energia, destacando que, mesmo antes dos recentes ataques aéreos, o Irã já havia delineado estratégias para restabelecer sua capacidade nuclear.

O governo iraniano defende que seu programa nuclear é voltado para fins pacíficos, apesar das alegações de Israel e dos Estados Unidos que suspeitam que o país busca desenvolver armas nucleares. Em meio a esse cenário tenso, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou suas assertivas em relação ao programa nuclear iraniano, afirmando que o Irã não terá condições de reconstruir suas instalações nucleares. Sua declaração surgiu logo após os bombardeios realizados pelas forças armadas norte-americanas, que visaram os complexos nucleares de Fordow, Isfahan e Natanz, já previamente atacados em ações militares israelenses.

Estes bombardeios, segundo Trump, resultaram em um golpe significativo nas capacidades nucleares do Irã, embora Teerã não tenha reconhecido publicamente a magnitude dos danos causados em suas usinas. O clima de incerteza e preocupação ecoa além das fronteiras do Irã, com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) buscando restabelecer um diálogo com Teerã. Em uma tentativa de recuperar a confiança perdida, a AIEA entrou em contato com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, propondo uma reunião para discutir formas de reestabelecer a cooperação entre a agência e as autoridades iranianas.

Com a tensão entre o Irã e o Ocidente em alta, o futuro do programa nuclear do país e o impacto regional dessas intenções permanecem incertos, deixando em aberto questões sobre a segurança e a estabilidade do Oriente Médio.

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