Tensão no Oriente Médio: Khamenei Ordena Ataques a Israel Após Morte de Líder do Hamas
Em uma escalada preocupante de tensões no Oriente Médio, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, emitiu uma ordem para ataques diretos contra Israel em retaliação ao assassinato de Ismail Haniyeh, líder do grupo Hamas, que ocorreu em Teerã. Essa decisão foi confirmada por três autoridades iranianas, que optaram por falar sob condição de anonimato.
Entre essas fontes estão membros da Guarda Revolucionária do Irã, indicando o nível elevado de mobilização militar. A ordem foi estabelecida durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional, realizada na quarta-feira, 31 de maio, logo após a confirmação da morte de Haniyeh. O líder do Hamas estava na capital iraniana para a posse do novo presidente, Masoud Pezeshkian, quando foi morto em um ataque cujo perpetrador não foi oficialmente confirmado, mas todas as suspeitas recaem sobre Israel.
Em resposta à acusação, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, alegou que Israel continuará a sua ofensiva contra qualquer entidade que ameace seu povo. "Desferimos golpes devastadores contra os nossos inimigos", declarou, referindo-se a um ataque anterior que matou Fuad Shukr, um comandante do Hezbollah. Netanyahu prometeu revanche a todos que causarem danos a Israel, mas evitou mencionar diretamente Ismail Haniyeh.
O Irã, que apoia o Hamas na Faixa de Gaza e o Hezbollah no Líbano, além de outros grupos rebeldes, está agora pressionado a retaliar. Anteriormente, em abril, o país realizou um ataque significativo contra Israel com mísseis e drones, que foi amplamente interceptado. Autoridades iranianas sugerem que uma nova rodada de ataques poderá ser coordenada com grupos aliados no Iêmen, Síria e Iraque, visando alvos militares israelenses.
Ainda assim, há uma incerteza sobre a intensidade dessa retaliação. Khamenei instruiu o comando militar e a Guarda Revolucionária a preparar planos detalhados de ataque e defesa, prevendo uma possível escalada no Oriente Médio ou uma intervenção dos Estados Unidos, principal aliado de Israel. Em público, Khamenei foi enfático sobre a promessa de uma "punição severa" pela morte de Haniyeh.
O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, juntamente com o ministro das Relações Exteriores, outras figuras da Guarda Revolucionária e até mesmo a missão iraniana na ONU, afirmaram abertamente o direito do Irã à autodefesa e a iminência de uma retaliação.
Enquanto isso, os Estados Unidos observam a situação com cautela. John Kirby, porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, reconheceu que os ataques intensificam as tensões, mas descartou a possibilidade de uma expansão imediata do conflito. "Certamente não ajudam a baixar a temperatura", comentou Kirby, mas enfatizou que, por enquanto, não há indicativos de uma escalada iminente.
A comunidade internacional permanece em alerta enquanto se desenrolam os próximos capítulos desta complexa e volátil situação que ameaça a estabilidade de toda a região do Oriente Médio.