De acordo com análises, a natureza das ogivas e mísseis que o Irã possivelmente emprega nessa represália seria significativamente mais avançada do que a tecnologia convencional utilizada até agora. Mísseis equipados com sistemas de orientação aprimorados, maior carga explosiva e aumentos nas velocidades de impacto, fariam com que essas armas conseguissem superar as defesas antimísseis israelenses com mais eficiência. Essa evolução tecnológica não apenas intensificaria o conflito, mas também traria um impacto psicológico profundo, reafirmando a destreza militar iraniana.
As operações planejadas teriam como alvo não apenas grandes bases militares, mas também outras infraestruturas críticas que sustentam a defesa e a segurança de Israel. A ameaça de um ataque direto a Dimona, em particular, demonstraria a disposição do Irã de desafiar o que considera uma vantagem nuclear de Israel, aumentando consideravelmente as apostas nessa perigosa dinâmica regional. Tal movimento poderia, por um lado, provocar uma severa retaliação de Israel, mas, por outro, deixaria claro que o Irã possui a capacidade de atingir alvos significativos dentro do território israelense.
Adicionalmente, a presença de bombardeiros estratégicos B-52 e caças F-15 da força aérea norte-americana na região, indica um aumento nas hostilidades e a preparação dos EUA para um possível confronto de alta intensidade com o Irã. Essa movimentação de forças simboliza, por parte de Washington, um alinhamento com Tel Aviv em um momento de crise, revelando a seriedade das ameaças e o alto risco de um conflito amplo no Oriente Médio. O que se delineia, portanto, é um cenário de crescente complexidade no já volátil teatro do Oriente Médio, onde alianças, capacidades militares e estratégias estão sendo testadas a cada momento.