A controvérsia começou na semana passada, quando Mohammad Baqer Qalibaf, presidente do Parlamento iraniano, sugeriu que Teerã poderia negociar com a França em relação a uma resolução da ONU de 2006. Esta resolução pede a retirada do Hezbollah de várias áreas do sul do Líbano, o que foi interpretado como uma intervenção direta por parte do Irã. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, respondeu a esses comentários com uma forte repreensão, acusando a alta autoridade iraniana de promover uma “interferência flagrante”.
Além disso, Baghaei revelou que o Irã está aberto ao diálogo com “qualquer país” que tenha propostas para interromper as hostilidades militares de Israel nas regiões do Líbano e de Gaza. Este contexto surge em meio a uma intensificação das operações israelenses, que têm abrangido tanto ataques aéreos quanto uma invasão terrestre no sul do Líbano, onde o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, tem uma presença significativa.
No cenário internacional, a situação é complexa, com recentes informações de autoridades dos Estados Unidos e de Israel revelando que o ministro de Assuntos Estratégicos israelense, Ron Dermer, enviou um documento ao enviado especial da Casa Branca. O documento delineia as exigências de Israel para um cessar-fogo, incluindo a necessidade de garantir que o Hezbollah não consiga se rearmar e reconstruir sua infraestrutura militar próxima à fronteira israelense. A demanda por liberdade total de operação no espaço aéreo libanês também foi levantada, adicionando mais uma camada de tensão entre as nações envolvidas.
Desta forma, fica evidente que as relações entre o Irã e o Líbano estão passando por um momento delicado, onde a busca por um equilíbrio nas dinâmicas regionais se faz mais necessária do que nunca.