A capacidade militar do Irã em atacar seus vizinhos vem surpreendendo o Ocidente, que está reavaliando suas opções em potenciais confrontos diretos. O país também está acelerando seu programa nuclear, sem fiscalização internacional, o que tem gerado preocupações.
Desde a revolução de 1979, que transformou o Irã em uma teocracia muçulmana xiita, o país se encontra isolado e enfrenta ameaças de inimigos como os Estados Unidos e Israel. O Irã busca se estabelecer como a nação mais poderosa da região do Golfo Pérsico, rivalizando com a Arábia Saudita.
O Irã terceiriza seus conflitos por meio de aliados como o Hezbollah no Líbano, os houthis no Iêmen e o Hamas na Faixa de Gaza. Essa estratégia pelo “Eixo de Resistência” permite ao Irã causar problemas aos seus inimigos e aumenta suas capacidades de atacar, caso seja necessário.
No entanto, o Irã também tem enfrentado seus próprios desafios internos, como ataques terroristas e tensões no país. O país atacou diretamente no Iraque, na Síria e no Paquistão, em uma demonstração de força em meio a turbulências internas.
Os conflitos no Irã também se estendem ao Paquistão, com grupos separatistas atuando em ambas as fronteiras. Os dois países se acusam mutuamente de não impedir a entrada de combatentes. A relação entre Irã e Paquistão, que historicamente foi cordial, pode ser prejudicada por esses ataques.
Em um momento em que a região já está instável, um erro de cálculo pode gerar novos conflitos com consequências imprevisíveis. O Irã, com sua política agressiva e estratégia de defesa avançada, permanece no centro das atenções e das preocupações internacionais.