Irã ameaça usar mísseis em ataques contra inimigos sem limites, enquanto crise diplomática se intensifica com resposta do Paquistão.

Após os recentes ataques do Irã contra o Paquistão, Iraque e Síria, o ministro da Defesa iraniano, Mohammad Reza Ashtiani, afirmou hoje que o país não terá limites na utilização de mísseis contra seus inimigos, se necessário. Os ataques desencadearam uma crise diplomática, com o governo paquistanês expulsando o embaixador iraniano e prometendo uma resposta.

Os ataques do Irã foram uma retaliação a grupos sunitas que teriam realizado um atentado no Irã, país de maioria xiita, no início do ano. Além disso, as operações militares ocorrem em um contexto de tensão entre Israel e grupos apoiados por Teerã, como o Hezbollah no Líbano e os houthis no Iêmen, enquanto a guerra contra o Hamas em Gaza continua a se desenrolar.

O ministro da Defesa iraniano enfatizou a capacidade militar do país em suas declarações, dizendo que o Irã é uma “potência de mísseis” e que reagirá proporcional, dura e decisivamente se ameaçado.

A crise diplomática desencadeada pelos ataques foi evidente, com o Paquistão expulsando o embaixador iraniano em protesto, e o chanceler paquistanês acusando o Irã de violar sua soberania e o direito internacional.

O Irã justificou seus ataques alegando ter como alvo o Jaish al-Adl, um grupo sunita tido como terrorista pelos EUA e pelo Irã, e que opera principalmente do outro lado da fronteira com o Paquistão. No entanto, relatos de vítimas civis, incluindo crianças, levantam questões sobre as alegações do Irã.

Além disso, o Irã conduziu ataques tanto na Síria quanto no Iraque, criando atritos com ambos os países. O Iraque retirou seu embaixador em Teerã em protesto, enquanto as autoridades sírias negaram as acusações de espionagem por parte de Israel.

Analistas afirmam que o Irã está tentando equilibrar a demonstração de força com a necessidade de não se envolver em confrontos diretos com Israel e os EUA. A especialista Sanam Vakil destacou a ironia de que, ao tentar exportar seus conflitos, o Irã acabou por atrair riscos de segurança para dentro de suas próprias fronteiras.

Em meio a todas essas tensões, é evidente que a região está à beira de uma escalada ainda maior de conflitos, enquanto o Irã busca afirmar sua presença e influência na região.

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