Os comentários de Araqchi ocorreram em um contexto em que muitas especulações sobre a postura do Irã após ataques israelenses estavam em circulação. No início deste ano, Israel já havia efetuado ataques aéreos contra o Irã, os quais foram, na época,Respondidos com uma retórica sobre a necessidade de contenção de um conflito mais amplo. No entanto, o chanceler enfatizou que a paciência do Irã não deve ser interpretada como fraqueza, reiterando que a defesa dos interesses nacionais é uma prioridade absoluta. “Embora tenhamos feito enormes esforços nos últimos dias para impedir o alastramento de uma guerra total, é importante deixar claro que não temos limites no que diz respeito à defesa do nosso povo”, declarou Araqchi em uma postagem nas redes sociais.
Na mesma linha, o ministro criticou o apoio militar dos Estados Unidos a Israel, que tem se intensificado nos últimos tempos. Araqchi observou que a entrega recorde de armamentos por Washington poderia colocar em risco não só a população israelense, mas também a vida dos soldados americanos destacados na região para operar sistemas de mísseis. Tal afirmação ecoa as preocupações sobre a escalada do conflito e as repercussões que um ataque em larga escala poderia ter tanto local quanto globalmente.
À medida que a situação avança, os desdobramentos se tornam cada vez mais instáveis. O Irã se prepara para o que acredita ser uma resposta iminente de Israel, após os recentes lançamentos de mísseis iranianos. A tensão também se agrava com as movimentações das Forças de Defesa de Israel, que fizeram incursões em bases da Força Interina das Nações Unidas no Líbano. A combinação desses fatores aponta para um ambiente geopolítico armamentista e perigoso, onde qualquer erro de cálculo poderia acirrar ainda mais o conflito regional.