Alegações de crimes de guerra têm permeado as recentes operações de Israel na região, com o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitindo mandados de prisão contra Netanyahu e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant. Segundo o TPI, há “motivos lógicos para acreditar” que ambos os líderes israelenses foram responsáveis por ações que configuram crimes desumanos no contexto do confronto com o Hamas. Essas declarações geraram um forte rechaço por parte do governo israelense, que não reconhece a jurisdição do tribunal e nega qualquer violação das leis internacionais.
As implicações legais de tais declarações são complexas. O vice-ministro iraniano sugeriu que a efetivação de uma sentença de morte poderia ocorrer se Israel fosse julgado por um consórcio de países que defendem os direitos dos palestinos e possuem legislação que permita a pena capital. Nesse contexto, Gharibabadi destacou que “não é impossível” que ações desse tipo sejam implementadas, mas reconheceu as dificuldades práticas e políticas envolvidas.
Além das considerações legais, as palavras de Gharibabadi refletem um crescente clima de animosidade entre o Irã e Israel, exacerbado por instituições e líderes que, como o líder supremo iraniano Ali Khamenei, expressam publicamente suas intenções de punir as autoridades israelenses em função de suas ações na região.
Esse debate não se limita a questões jurídicas, mas também conecta-se aos mais amplos conflitos políticos e sociais que marcam a história contemporânea do Oriente Médio, onde a tensão entre o Irã e Israel continua a se manifestar em diversas esferas, incluindo a militar, a diplomática e a legal.