A cronologia do ocorrido foi reconstituída a partir de relatos de testemunhas, informações da polícia e imagens de câmeras de segurança. Francisco, natural de Santa Catarina, chegou à capital federal em meados de junho e fixou residência em Ceilândia. Antes do ataque, ele esteve na Câmara dos Deputados e visitou o gabinete do deputado Jorge Goetten, onde informou ter alugado uma casa na região por ser mais acessível financeiramente.
No dia do atentado, Francisco fez postagens nas redes sociais alertando sobre o ataque iminente, que ocorreria em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A perícia mostrou que Francisco tentou invadir o STF com um artefato explosivo, mas sem sucesso. Ele também foi visto circulando pela Câmara dos Deputados antes de se dirigir à Praça dos Três Poderes.
As explosões começaram por volta das 19h30, quando Francisco tentou explodir o próprio carro no estacionamento do Anexo IV da Câmara. Em seguida, ele dirigiu-se ao STF e lançou explosivos contra a estátua da Justiça. O homem-bomba acabou morrendo no local, com seu corpo desfigurado e atado a artefatos explosivos.
A Polícia Militar do Distrito Federal isolou a área e realizou buscas, encontrando diversos artefatos explosivos relacionados a Francisco. Em sua residência em Ceilândia, mais bombas foram localizadas, totalizando 11 explosivos ligados ao criminoso. Segundo o diretor-geral da PF, os artefatos eram artesanais e de alto poder destrutivo.
A investigação aponta que Francisco tinha a intenção de assassinar ministros do STF, com Alexandre de Moraes sendo seu principal alvo. O homem-bomba era conhecido nas redes sociais como Tiu França e já havia feito ameaças contra políticos e alvos considerados “comunistas”. Sua ação está sendo conectada a outras investigações da PF, como os atos do 8 de Janeiro de 2023.