Investigação revela racha no Alto Comando do Exército sobre golpe: generais divididos e segredos ainda não revelados. Casa pode balançar.

A investigação sobre a tentativa de golpe para abolir com violência o Estado Democrático de Direito tem revelado informações preocupantes e levantado suspeitas sobre o que realmente aconteceu ou poderia ter acontecido. O relatório da Polícia Federal, com suas 884 páginas recém-divulgadas, trouxe à tona mensagens alarmantes, como a assinada pelo coronel Reginaldo Vieira de Abreu, que apontava um racha no Alto Comando do Exército em relação à adesão à proposta golpista.

De acordo com o áudio de Vieira de Abreu, que atuava como chefe de gabinete do general Mário Fernandes, cinco dos 16 generais do Alto Comando eram contrários ao golpe, enquanto três eram favoráveis e os demais estavam em uma “zona de conforto”. A falta de identificação dos generais golpistas gerou especulações sobre suas identidades, embora o tenente-coronel Mauro Cid tenha mencionado que um deles seria Estevam Theophilo, que se encontrou com Bolsonaro e se envolveu na trama golpista.

A questão que permanece é: o que os generais contrários ao golpe sabem sobre seus colegas favoráveis? E o que significaria exatamente estar na “zona de conforto” nesse contexto? Essas lacunas na investigação alimentam as especulações sobre os bastidores e as divergências internas no Alto Comando do Exército.

É evidente que os generais legalistas não estão dispostos a colaborar além do que já foi revelado pela Polícia Federal. E há rumores de que tanto as Forças Armadas quanto a própria instituição policial preferem não ir tão fundo nas investigações, evitando assim possíveis repercussões negativas.

Neste cenário, uma linha vermelha parece ter sido traçada, indicando um limite ao qual os investigadores do golpe não devem ultrapassar. A incerteza sobre o que pode ser descoberto além desse ponto só aumenta a intriga e a tensão em torno desse caso que abalou as estruturas do Estado Brasileiro.

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