Aleppo, que é a segunda maior cidade da Síria com mais de 2 milhões de habitantes, vem sofrendo com os atentados dos rebeldes nos últimos dias. Os confrontos resultaram na morte de pelo menos 27 civis desde quarta-feira (27). Segundo reportagem da agência Reuters, o Exército sírio fechou as principais vias de acesso à cidade e permitiu apenas a passagem de tropas militares.
Além disso, as forças armadas orientaram uma “retirada segura” dos bairros já invadidos pelos rebeldes. No âmbito aéreo, todos os voos programados para sábado foram cancelados no aeroporto de Aleppo. Esses rebeldes são membros do grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham e prometeram chegar ao centro de Aleppo após quase uma década de ausência na cidade.
Um dos comandantes rebeldes afirmou que a rápida ocupação das cidades sírias foi facilitada pela redução do apoio do Irã, que enfrentou enfraquecimento nos últimos meses devido às ações de Israel. A Rússia prometeu apoio militar adicional ao governo sírio para combater os rebeldes, com a chegada de equipamentos prevista para as próximas 72 horas.
A guerra civil síria, que se desenrola desde 2011 entre jihadistas e forças do governo de Assad, estava em um período de cessar-fogo desde 2020. Porém, os combates voltaram a ocorrer de forma intensa recentemente. Os rebeldes, que já tiveram controle sobre um califado não reconhecido liderado pelo Estado Islâmico, atualmente dominam uma pequena parcela do território sírio.
Os desdobramentos desse conflito militar na Síria exigem atenção da comunidade internacional, uma vez que a situação humanitária na região pode se agravar rapidamente. A busca por soluções diplomáticas e o fim do derramamento de sangue são fundamentais para a estabilidade do país e o bem-estar da população afetada pela guerra civil.