INTERNACIONAL – Trabalhadores da agência Télam mantêm acampamento em vigília em Buenos Aires contra plano de demissão voluntária do governo Milei



Os trabalhadores da agência pública de notícias argentina Télam estão em uma situação delicada. Em assembleia, eles decidiram manter um acampamento de vigília em frente à sede da empresa, localizada em Buenos Aires, e rejeitar o plano de demissão voluntária proposto pela direção da companhia, que é controlada pelo governo do presidente Javier Milei.

A situação dos empregados da Télam se complicou ainda mais quando receberam um comunicado informando a prolongação da dispensa do trabalho por mais sete dias. Desde o dia 4 de março, os funcionários estão impedidos de entrar no prédio da empresa, que foi fechado com grades. Além disso, o site da agência de notícias está fora do ar desde que Milei anunciou sua intenção de extinguir o portal, que possui 78 anos de história.

O plano de demissão voluntária proposto pela empresa abrange cerca de 760 funcionários e pode ser aceito até 10 de abril. No entanto, os trabalhadores alegam que a oferta é feita em um contexto de intimidação e disciplinamento, com o objetivo de forçar mais pessoas a aderir à demissão. A comissão interna da Télam destacou que o plano não foi bem recebido e a assembleia dos trabalhadores decidiu por unanimidade rejeitá-lo.

A mobilização em frente à sede da Télam continua, com os empregados acampados em vigília desde o início de março. Eles pretendem adotar todas as estratégias legislativas, sindicais e legais para impedir o fechamento da agência. A situação se tornou um embate entre os trabalhadores e a direção da empresa, com ambos os lados tentando defender seus interesses.

O presidente Milei, durante sua campanha eleitoral, prometeu privatizar todos os meios públicos de comunicação na Argentina. Desde que assumiu o governo, ele tem realizado intervenções em diferentes veículos públicos, gerando controvérsias e protestos. O fechamento da Télam, uma agência de notícias com longa história e importância para a disseminação de informações no país, está sendo questionado e contestado por diversos setores da sociedade argentina.

Diante desse cenário, a batalha pela preservação da Télam ganha destaque, com os trabalhadores resistindo e se mobilizando para manter viva a agência que, ao longo dos anos, enfrentou diversas ameaças e tentativas de fechamento. A luta pela liberdade de imprensa e direito à informação mostra que a Télam é muito mais do que uma empresa de notícias, é um símbolo de resistência e importância para o povo argentino.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo