INTERNACIONAL – Tarifas de 50% de Trump sobre produtos brasileiros geram críticas de economistas e levantam questões sobre a democracia nos EUA e no Brasil.



Na última quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um anúncio que causou burburinho tanto em solo americano quanto no Brasil: a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Essa decisão, amplamente criticada, encontra eco entre analistas e economistas, como o renomado Paul Krugman, colunista do The New York Times e vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2008.

Krugman lançou mão de termos contundentes ao descrever o comportamento de Trump, referindo-se a ele como “mau e megalomaníaco”. Em uma de suas postagens, o economista argumentou que a medida não apresenta justificativas econômicas válidas, mas sim uma tentativa de proteger Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, das consequências legais enfrentadas. Segundo Krugman, a estratégia de Trump parece ser menos uma questão comercial e mais uma manobra política para apoiar um aliado em apuros.

Ele ressalta que a decisão é um ato punitivo, comentando que “Trump mal finge que há uma justificativa econômica para sua ação”, insinuando que o verdadeiro propósito é retaliar o Brasil pelo modo como está lidando com os erros políticos de Bolsonaro. Para Krugman, essa postura revela um problema mais profundo nas relações internacional e a fragilidade da democracia, especialmente quando líderes democráticos são ameaçados por ações de governos autoritários.

Além de criticar a medida tarifária, o economista fez uma analogia direta com eventos da política americana, citando a invasão do Capitólio em 2021 por apoiadores de Trump e os esforços do ex-presidente para perturbar a democracia. Ele sugere que Trump, ao usar tarifas como ferramenta de pressão, está legitimizando ações de líderes que operam fora da esfera democrática.

Na esfera do comércio internacional, Krugman apresentou dados da Organização Mundial do Comércio, destacando que a China é o principal parceiro comercial do Brasil, seguido pelos EUA, que ocupam uma posição bem menos significativa. Essa informação levanta a pergunta: será que Trump acredita realmente que pode intimidar uma nação tão grande e com interesses comerciais diversos?

Concluindo seu raciocínio, o economista sugere que as medidas de Trump, além de imprudentes, poderiam fundamentar um processo de impeachment contra ele, classificando-as como “diabólicas e megalomaníacas”. A forma como a democracia americana está projetada atualmente pode muito bem ser desafiada por tais ações, criando um panorama de incertezas no cenário político e econômico global. A posição dos Estados Unidos, outrora vista como defensora da democracia, parece estar em uma encruzilhada, gerando inquietação entre seus cidadãos e aliados ao redor do mundo.

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