Após a repercussão negativa, a entidade responsável pelo tema, sob a gestão do governo de Javier Milei, reconheceu o erro e afirmou que a resolução será refeita. Segundo a Andis, os termos utilizados no documento pertenciam a conceitos obsoletos da medicina psiquiátrica, sendo que essas classificações já foram descontinuadas.
A resolução em questão estabelecia critérios para a classificação do grau de deficiência intelectual para a concessão de benefícios a pessoas com incapacidade para o trabalho. No texto, eram definidos os perfis de “idiota”, “imbecil” e “débil mental” de acordo com suas habilidades e limitações.
A Associação Síndrome de Down da Argentina (Asdra) emitiu uma nota repudiando a mudança na classificação realizada pelo governo. Para a entidade, essa classificação é discriminatória e estigmatizante para as pessoas com deficiência intelectual, violando sua dignidade e reforçando preconceitos.
Tais expressões, introduzidas em 1912 e substituídas há mais de 70 anos, segundo a associação argentina, não condizem com os princípios éticos e de direitos humanos atuais. A entidade destaca a importância de respeitar a dignidade e os direitos das pessoas com deficiência intelectual, evitando concepções arcaicas e preconceituosas.
A Andis se comprometeu a rever a resolução e adotar termos mais adequados e respeitosos para categorizar a deficiência intelectual, buscando evitar qualquer forma de discriminação e exclusão. A revisão desse documento é fundamental para garantir o respeito e a dignidade de todas as pessoas, independentemente de suas condições de saúde ou deficiências.