Durante a 16ª Cúpula dos Brics, realizada em Kazan, na Rússia, Putin justificou a proposta afirmando que, devido ao conflito que o país enfrenta com a Ucrânia, poderia haver problemas na condução do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) se a liderança fosse russa. Ele ressaltou que a intenção é evitar transferir problemas internos para instituições como o NDB.
O presidente russo destacou que a próxima presidência do NDB deveria ser indicada pela Rússia, de acordo com as regras do banco. Atualmente, o banco financia cerca de 100 projetos que totalizam aproximadamente US$ 33 bilhões, tendo um papel fundamental na estratégia de ampliação dos investimentos nos países do bloco e no Sul Global.
Dilma Rousseff assumiu a presidência do NDB em 2023, substituindo Marcos Troyjo, indicado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ainda não há uma confirmação por parte de Dilma sobre interesse em continuar à frente do banco, uma vez que a Agência Brasil não obteve um retorno da assessoria da ex-presidente até o momento da publicação desta matéria.
Durante a cúpula deste ano, Dilma Rousseff foi recebida por Putin e defendeu a expansão do grupo Brics, defendendo o uso de moedas locais para financiamento dos países. Ela ressaltou a importância de viabilizar financiamentos em moeda local, não apenas para projetos soberanos, mas também para iniciativas privadas.
Em resumo, a proposta de Putin ao Brasil para continuar na presidência do NDB reflete não apenas uma estratégia de manutenção da estabilidade na instituição, mas também a importância do banco dos Brics no financiamento de projetos de desenvolvimento nos países membros e além.