INTERNACIONAL – Protesto na Plaza de Mayo contra medidas econômicas de Milei termina com detidos e tensão na Argentina



As primeiras grandes mobilizações populares na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, contra as medidas econômicas anunciadas pelo novo presidente da Argentina, Javier Milei, foram marcadas pela presença policial, momentos de tensão e pessoas detidas. Movimentos populares e organizações sociais argentinas lideraram a manifestação, que colocou à prova o protocolo “antipiquetes” do Ministério da Segurança, comandado por Patricia Bullrich.

O ato foi organizado por grupos de esquerda, como o Polo Obrero, e teve como objetivo expressar a insatisfação e resistência às políticas econômicas propostas pelo novo governo. Em entrevista à rádio local, um dos líderes do protesto, Eduardo Belliboni, enfatizou que a mobilização era pacífica e que não desejavam confrontos. No entanto, antes da chegada à praça, houve confrontos com a polícia, culminando na detenção de duas pessoas e em um policial ferido.

A presença de forças federais para conter as manifestações, de acordo com o protocolo apresentado por Bullrich, gerou críticas de algumas organizações sociais, que alegaram que tais medidas comprometiam o direito de protestar. Os manifestantes levavam cartazes com mensagens contra as medidas de ajuste econômico de Milei e o protocolo de segurança de Bullrich.

Durante o ato, as organizações envolvidas no protesto divulgaram uma declaração afirmando que iriam encher as ruas e praças de todo o país em defesa do direito ao protesto e contra o plano de ajuste e miséria do novo governo. O presidente Milei acompanhou parte dos protestos e o desempenho do plano de segurança de Bullrich durante a mobilização.

As medidas econômicas propostas por Milei incluem desvalorização da moeda local, cortes em subsídios e o fechamento de alguns ministérios do governo, alegando que tais medidas são necessárias para enfrentar a crise econômica no país. Além disso, ele anunciou aumentos nos pagamentos de programas sociais, mas alertou que pessoas que bloquearem as ruas em protestos poderão perder o direito de receber benefícios do Estado.

As manifestações representam um desafio inicial ao governo de Milei e devem sinalizar a intensidade da resistência popular às medidas propostas.

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