Durante a entrevista, Lula ressaltou o aumento substancial da relação comercial entre Brasil e Catar, que passou de US$ 36 milhões para US$ 1,6 bilhão. Além disso, destacou o potencial de investimentos do Catar em áreas como pesquisas, exploração de petróleo, reflorestamento e agricultura de baixo carbono.
Após encontro com o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani, o ex-presidente brasileiro elogiou o papel diplomático do país árabe na mediação do conflito entre Israel e Palestina, assim como na libertação de reféns, incluindo brasileiros que estavam na Faixa de Gaza.
Ele reconheceu que ainda há brasileiros mantidos reféns em Gaza e destacou o esforço do Catar na tentativa de libertá-los, inclusive mencionando a possível iminência da libertação de um brasileiro mantido refém pelo grupo extremista islâmico Hamas.
Lula também falou sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) em Dubai, onde reforçou a proposta brasileira de criação de um fundo permanente para financiar florestas tropicais. O ex-presidente ressaltou a necessidade de manter a floresta em pé e reflorestar áreas degradadas, enfatizando que o Brasil registra mais de 40 milhões de hectares de terras degradadas que podem ser recuperadas.
Além disso, Lula fez um apelo pela conscientização das lideranças políticas mundiais sobre a urgência das decisões em prol do meio ambiente. Ele criticou a falta de cumprimento do Acordo de Paris por parte de muitos países e destacou a necessidade de governo global para cuidar do planeta. Lula enfatizou as graves mudanças climáticas que estão ocorrendo em diferentes partes do mundo, como enchentes, secas e furacões.
Dessa forma, a fala do ex-presidente durante a coletiva de imprensa em Doha reflete a preocupação com a preservação do meio ambiente e a necessidade de ações concretas por parte das lideranças mundiais para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover a sustentabilidade.