A $Libra, criptomoeda em questão, foi apresentada como uma forma de financiar pequenas empresas e empreendimentos argentinos. No entanto, após o anúncio de apoio de Milei ao projeto Viva La Libertad, o valor do ativo digital disparou, gerando lucros significativos para seus detentores. A situação se complicou quando surgiram acusações de fraude e a oposição começou a questionar a transparência do empreendimento.
Diante da pressão, o presidente argentino apagou a publicação de apoio ao projeto e afirmou não ter conhecimento dos detalhes da iniciativa privada. No entanto, a crise se agravou com denúncias de pedido de vantagens pessoais a empresários ligados ao presidente em troca de acesso a ele.
Para lidar com a situação, o governo argentino anunciou uma investigação interna para apurar possíveis irregularidades. O Gabinete Anticorrupção será responsável por investigar os membros do governo, incluindo o presidente, em relação ao “escândalo $Libra”. Além disso, uma força-tarefa será criada no âmbito da presidência para avaliar o projeto Viva La Libertad e todos os envolvidos.
A equipe de Milei esclareceu que o presidente teve o primeiro contato com os representantes da empresa da $Libra em outubro de 2024 e que não participou da criação da criptomoeda. A crise se intensificou com a entrada de organizações sociais e partidos políticos na Justiça, que acusam Milei de causar prejuízos a milhares de pessoas.
Diante das repercussões negativas, o presidente argentino optou por eliminar a publicação de suas redes sociais e se comprometeu a colaborar com a investigação. O desdobramento desse caso continuará sendo acompanhado de perto pela imprensa argentina e pela população do país.