INTERNACIONAL – Partido de esquerda no México agita os mercados com possibilidade de aprovação de reformas constitucionais controversas.



A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, declarou na noite de quinta-feira que nenhuma decisão foi tomada em relação às reformas constitucionais propostas pelo atual presidente, Andrés Manuel López Obrador. A incerteza em torno do pacote de reformas apresentado por López Obrador gerou agitação nos mercados mexicanos, já que o partido Morena, de Sheinbaum, e seus aliados, estavam próximos de conseguir a maioria de dois terços no Congresso, o que permitiria a aprovação das medidas de maneira mais facilitada.

Em entrevista, Sheinbaum ressaltou que é necessário um diálogo e uma avaliação cuidadosa das propostas antes de tomar qualquer decisão. Críticos das reformas alertaram para o risco de eliminação de órgãos de supervisão importantes, assim como para a possibilidade de enfraquecimento da independência judicial e aumento da concentração de poder no Executivo.

De acordo com resultados preliminares, o partido Morena e seus aliados devem garantir 83 assentos no Senado, de um total de 128. Mesmo sem atingir a maioria de dois terços necessária para alterar a constituição, o Morena poderia negociar com outras legendas para obter os votos necessários. Na câmara baixa do Congresso, a coalizão governista de esquerda terá uma supermaioria com 372 assentos dos 500 membros.

Diante desse cenário político em transformação, a sociedade mexicana aguarda com expectativa os desdobramentos das negociações e debates em torno das reformas constitucionais propostas. A transição entre os governos e a definição das pautas prioritárias para o próximo mandato seguem sendo temas de interesse nacional. O futuro do México dependerá das decisões tomadas no âmbito político nos próximos meses.

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