Em resposta, o Paraguai convocou seu embaixador no Brasil, Juan Manuel Delgadillo, para consultas imediatas a fim de esclarecer os detalhes da ação de inteligência. Além disso, convocou o embaixador do Brasil no Paraguai, José Antonio Marcondes, para que a parte brasileira apresente explicações sobre o ocorrido.
O Ministério de Tecnologias da Informação e Comunicações do Paraguai iniciou uma investigação detalhada sobre os eventos, já que o governo anterior não havia relatado nada a respeito. Como resultado da controvérsia, o Paraguai decidiu congelar as negociações referentes à revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que aborda os valores da energia excedente vendida ao Brasil e mantém divergências em relação aos reajustes.
A decisão do Paraguai ocorreu após o Palácio do Itamaraty emitir nota oficial desmentindo qualquer envolvimento do atual governo em ações de inteligência contra o país vizinho. O comunicado afirmava que a operação foi autorizada pelo governo anterior e cancelada pela gestão atual assim que tomou conhecimento do fato. O diretor-geral da Abin na época, Luiz Fernando Corrêa, estava em processo de aprovação no Senado Federal e assumiu o cargo de forma definitiva posteriormente.
O governo brasileiro reiterou seu compromisso com o respeito e o diálogo transparente nas relações diplomáticas com o Paraguai e demais parceiros internacionais. A controvérsia evidenciou as tensões existentes entre os dois países em relação ao tratado de Itaipu e destaca a importância da transparência e da cooperação mútua na região.