O estudo, elaborado por 14 pesquisadores chineses e brasileiros representando nove instituições, marca os 20 anos de parceria entre os dois países na área da paleontologia. Segundo o pesquisador Xiaolin Wang, do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados, a parceria foi “muito frutífera e produtiva” e contribuiu significativamente para o avanço da paleontologia, especialmente no estudo dos pterossauros, os primeiros vertebrados a desenvolverem a capacidade de voar.
A amizade entre os pesquisadores chineses e brasileiros foi celebrada na escolha do nome da nova espécie, com “Meilifeilong” significando “lindo dragão voador” e “youhao” significando “amizade”. O artigo destaca a importância da descoberta, já que o Meilifeilong youhao é considerado o membro mais completo de um grupo raro de pterossauros, apresentando características únicas em sua crista craniana.
A colaboração científica entre os dois países foi elogiada por Diógenes de Almeida Campos, que iniciou a parceria com o professor Alexander Kellner. Ele ressaltou que trabalhar com colegas da China tem sido uma forma importante de promover a internacionalização da ciência. Ao longo de duas décadas, a colaboração sino-brasileira resultou em dezenas de trabalhos e publicações em importantes revistas científicas, como Science e Nature.
O estudo publicado na Scientific Reports reuniu pesquisadores de nove instituições, incluindo o Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados da Academia Chinesa de Ciências, Museu Nacional/UFRJ, Universidade Sun Yat-Sem, Universidade Federal do ABC, Universidade de Jilin, Universidade de Shenyang, Museu de Ciências da Terra do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Espírito Santo e Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens (Universidade Regional do Cariri). A descoberta da nova espécie de pterossauro é vista como um marco na parceria de longa data entre os pesquisadores chineses e brasileiros na área da paleontologia.