INTERNACIONAL – Otan realiza exercício militar simulando confronto com “adversário de dimensão comparável” em grande manobra com 90 mil militares.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou nesta quinta-feira (18) a realização de manobras militares que vão simular um confronto contra um “adversário de dimensão comparável”. O general norte-americano Christopher Cavoli, que é o comandante supremo das Forças Aliadas na Europa, revelou em uma conferência de imprensa que o exercício contará com a participação de 90 mil militares, representando a maior manobra da Otan em décadas.

Embora não tenha sido mencionada a Rússia, que é considerada a principal ameaça aos membros da Otan atualmente, as manobras militares ocorrem próximo do aniversário de dois anos da invasão da Ucrânia pelas tropas lideradas por Vladmir Putin. Além disso, a Suécia, que enfrenta forte oposição da Rússia em sua tentativa de aderir à aliança militar, também participará das manobras, que estão programadas para maio.

Segundo informações divulgadas, cerca de 50 navios de guerra, 80 aviões e 1.100 veículos de combate de todos os tipos participarão das manobras. O almirante holandês Rob Bauer, chefe do comitê militar da Otan, destacou que será o maior “jogo de guerra” desde o exercício “Reforger” em 1988, durante a Guerra Fria entre a União Soviética e a Aliança Atlântica.

O Reino Unido confirmou que enviará 20.000 soldados do Exército, da Marinha e da Força Aérea para as manobras militares. O secretário da Defesa britânico, Grant Shapps, revelou que cerca de 16.000 soldados, com tanques, artilharia e helicópteros, serão enviados pelo Exército britânico para toda a Europa de Leste no âmbito dessas manobras, que funcionarão como preparação para repelir uma potencial agressão russa.

Desde o início da ofensiva russa em grande escala na Ucrânia, a Aliança Atlântica reforçou consideravelmente suas defesas na frente oriental, enviando para lá milhares de soldados. Segundo Bauer, as forças terrestres russas sofreram pesadas perdas em solo ucraniano, mas a Marinha e a Força Aérea russas continuam a ser forças “consideráveis”.

Atualmente, os combates intensos prosseguem, mas, de acordo com Bauer, embora os ataques russos sejam devastadores, não são significativos do ponto de vista militar.

As informações foram fornecidas pela Agência Lusa.

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