INTERNACIONAL – ONU Reduz Drasticamente Ajuda Humanitária Atingindo 114 Milhões de Pessoas; Cortes de Financiamento Afectam 60 Milhões a Mais Que o Planejado.



A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou, nesta segunda-feira, uma alarmante diminuição nos programas de ajuda humanitária, reflexo dos cortes significativos de financiamento, especialmente aqueles promovidos pelos Estados Unidos. Essa reavaliação financeira revela a necessidade urgente de recursos para atender milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade ao redor do mundo.

Conforme o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, o novo plano de financiamento alcança a marca de US$ 29 bilhões, o que, segundo os cálculos, permitirá a assistência a pelo menos 114 milhões de indivíduos enfrentando situações críticas e de risco à vida. O número é especialmente preocupante, pois representa uma queda de 60 milhões de beneficiários em comparação ao que foi projetado em dezembro do ano anterior.

Caso o financiamento de US$ 44 bilhões fosse alcançado, a expectativa era de ajudar aproximadamente 180 milhões de pessoas vulneráveis, incluindo refugiados em mais de 70 países. Contudo, à altura do sexto mês do ano, menos de 13% dos valores previstos para 2025 foram efetivamente recebidos, evidenciando uma lacuna alarmante em relação à necessidade real de assistência.

Além da suspensão de programas de ajuda pela Agência de Desenvolvimento dos Estados Unidos, uma decisão tomada durante a gestão de Donald Trump, vários outros países ocidentais também reduziram suas contribuições financeiras. Tom Fletcher, subsecretário-geral de Assuntos Humanitários da ONU, classificou essa situação como uma “matemática cruel”, afirmando que muitos necessitados ficarão sem o auxílio necessário. Ele ressaltou, porém, que a ONU se esforçará para salvar o máximo de vidas possível com os recursos limitados disponíveis.

A entidade também destacou que o volume total de ajuda humanitária pedido corresponde a apenas 1% do que foi gasto em operações militares ao longo do ano passado. A prioridade, segundo o comunicado do Escritório da ONU, será voltada para as pessoas em situações mais críticas, enquanto se levará em conta as respostas humanitárias já implementadas, com a intenção de utilizar os recursos da maneira mais eficiente possível.

A situação é ainda mais alarmante, uma vez que a ONU já havia avisado em maio que a insegurança alimentar aguda e a desnutrição infantil aumentaram pelo sexto ano consecutivo. Regiões como a Faixa de Gaza, Mali, Sudão e Iêmen estão enfrentando níveis de desnutrição alarmantes, afetando quase 38 milhões de crianças menores de cinco anos em todo o mundo no ano passado. A urgência da situação demanda ações imediatas e eficazes por parte da comunidade internacional.

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