INTERNACIONAL – ONU aprova realização de Conferência Internacional para discutir criação do Estado palestino, com rejeição de EUA e Israel.



Na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), uma resolução foi aprovada com 157 votos a favor e apenas oito votos contrários, além de sete abstenções. A proposta, que contou com votos contrários de países como Israel e Estados Unidos, prevê a realização de uma Conferência Internacional com a presença de chefes de Estado para discutir a criação do Estado palestino. A cúpula está marcada para os dias 2 a 4 de julho de 2025, em Nova York.

A resolução, apresentada pelo Senegal, exige a retirada de Israel dos territórios palestinos ocupados desde 1967, incluindo Jerusalém Oriental, que é considerada pelo direito internacional como a futura capital de um Estado palestino. Além disso, o documento destaca a necessidade de que Israel cumpra suas obrigações conforme o direito internacional.

Entre as obrigações citadas na resolução, está o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça (CIJ) da ONU, que pede para que Israel ponha fim à sua presença ilegal no Território Palestino Ocupado e cesse imediatamente qualquer nova atividade de colonato, além de evacuar todos os colonos do território ocupado.

Organizações internacionais e relatores independentes da ONU têm denunciado práticas de discriminação contra o povo palestino nos territórios ocupados por Israel, chegando a comparar a situação a um regime de apartheid. Contudo, o governo de Tel Aviv nega as acusações.

Além disso, a resolução aprovada pela Assembleia Geral da ONU rejeita qualquer tentativa de efetuar alterações demográficas ou territoriais na Faixa de Gaza, destacando que este território faz parte integrante do território palestino ocupado.

A Palestina é representada na ONU pelo embaixador Riyad Mansour, que enfatizou a necessidade de acabar com a ocupação ilegal e ideologias supremacistas em relação ao povo palestino. Já o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, declarou que a resolução é baseada em um “desrespeito imprudente pela verdade” e expôs o preconceito anti-israelense arraigado na ONU.

Com a aprovação desta resolução, espera-se que a Conferência Internacional possa promover avanços significativos na busca por uma solução pacífica e justa para a questão palestina, visando o cumprimento do direito internacional e o respeito aos direitos humanos na região.

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