INTERNACIONAL – Nobel da Paz em Debate: Críticas Crescem Após Premiação de María Corina Machado e Acusações de Perda de Credibilidade do Prêmio.

Na recente atribuição do Prêmio Nobel da Paz a María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, gerou-se uma onda de controvérsias que levantou questões sobre a credibilidade da premiação. O ex-diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista Jr., expressou sua desaprovação nas redes sociais, afirmando que o prêmio foi concedido a uma “política controlada por Washington”, em detrimento de figuras que verdadeiramente lutam por paz, como aqueles que se opõem ao “genocídio em Gaza”.

Essa crítica encontra ressonância em variados setores políticos, com várias autoridades latino-americanas se manifestando contra a escolha do comitê norueguês. A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, limitou-se a um lacônico “sem comentários”, enquanto outros líderes, como o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o ex-presidente boliviano Evo Morales, também expressaram sua indignação em plataformas digitais.

Marisol Guedez, educadora em direitos humanos, questionou a atribuição do prêmio a María Corina, apontando que a opositora não demonstrou preocupação pela paz na Venezuela. Em declarações ao Brasil de Fato, Guedez lembrou episódios em que a política convocou atos violentos, que excederam os limites legais e não promoviam um diálogo democrático voltado para a Justiça social.

Além disso, foi feito um paralelo entre María Corina e o deputado Eduardo Bolsonaro, ambos apoiadores de sanções econômicas. Essa comparação surgiu no contexto de ativistas que a consideram uma figura provocadora, similar ao bolsonarista no Brasil. Por outro lado, a reação de setores da direita brasileira foi diferente, com líderes como o deputado Nikolas Ferreira, celebrando a conquista do prêmio pela venezuelana.

Em entrevista, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, ponderou sobre a decisão do comitê, indicando que a escolha parece ter priorizado elementos políticos em detrimento da paz. Ele mencionou uma suposta declaração da Casa Branca que sugeria uma orientação política na decisão do Nobel.

O Comitê Norueguês, ao anunciar o prêmio, destacou que a homenagem é pela “promissão incansável dos direitos democráticos na Venezuela” e pela busca de uma “transição justa” da ditadura para a democracia. Segundo o presidente do Comitê, Jørgen Watne Frydnes, María Corina é um exemplo de coragem civil na América Latina. Essa declaração, no entanto, apenas intensificou o debate e as divisões em torno do significado e da relevância do Prêmio Nobel da Paz neste contexto.

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