INTERNACIONAL – Morre Robert Redford, ícone do cinema americano e ativista ambiental, aos 89 anos; legado transcende Hollywood e inspira gerações.

O icônico ator e diretor Robert Redford, uma figura emblemática do cinema norte-americano, faleceu de forma tranquila em casa, em Utah, nesta terça-feira (16), aos 89 anos. A notícia da sua morte foi confirmada por sua assessoria, embora os detalhes sobre a causa sejam ainda desconhecidos.

Com uma carreira que se estendeu por mais de cinco décadas, Redford deixou uma marca indelével na indústria cinematográfica. Ele protagonizou clássicos memoráveis como “Butch Cassidy”, “Golpe de Mestre”, “Todos os Homens do Presidente” e “Entre Dois Amores”, solidificando seu status como um dos grandes nomes de Hollywood. Mas sua habilidade não se limitava apenas à atuação; Redford também se destacou como cineasta. Sua estreia na direção foi triunfante, com o filme “Gente como a Gente” (1980), que lhe rendeu o Oscar de Melhor Diretor, além de ser reconhecido como Melhor Filme. Outros trabalhos notáveis em sua carreira de diretor incluem “Nada é para Sempre” e “Quiz Show – A Verdade dos Bastidores”.

Redford teve um papel vital na promoção do cinema independente. Em 1981, fundou o Instituto Sundance e, nos anos seguintes, criou o Festival de Cinema de Sundance, que se tornou uma plataforma de lançamento para novos talentos na indústria cinematográfica. O festival catapultou carreiras como a de Steven Soderbergh, cuja obra “Sexo, Mentiras e Videotape” ganhou destaque nas telas internacionais em 1989. Um exemplo do impacto do festival foi a recepção do filme brasileiro “Central do Brasil”, de Walter Salles, que depois de ser premiado em Sundance, teve sua notoriedade elevada, culminando em uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Além de sua prolífica carreira no cinema, Redford sempre foi um defensor fervoroso das causas ambientais. Nos anos 70, ele se envolveu ativamente em campanhas que visavam impedir a construção de rodovias e usinas poluentes em Utah, logrando êxitos que transformaram áreas naturais em monumentos nacionais.

Sua vida pessoal, embora cercada de celebridade, era marcada pela discrição. No início da década de 1990, Redford teve um relacionamento notável com a atriz brasileira Sônia Braga, algo que gerou atenção da mídia, mas que ele sempre tratou com cautela.

Robert Redford deixa um legado multifacetado, que transcende o glamour do cinema. Sua trajetória é um testemunho do compromisso com a arte, com causas sociais e com a promoção de uma narrativa cinematográfica que desafia os formatos tradicionais e busca ressoar em uma audiência mais ampla.

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