Com mais de 25 anos de experiência em negociações internacionais e tendo atuado como secretário-geral assistente da OEA de 2005 a 2015, Ramdin é conhecido por sua expertise no setor da mineração em nível internacional. A eleição do candidato surinamês foi facilitada pela retirada da candidatura do Paraguai de última hora, deixando Ramdin como o único concorrente. A expectativa inicial de que a Costa Rica apresentaria um candidato em aliança com os Estados Unidos não se concretizou, marcando a primeira vez que um representante do Caribe assume a liderança da OEA.
Durante o processo eleitoral, o Brasil criticou a gestão anterior da OEA, defendendo a necessidade de um novo paradigma para a atuação da organização. A embaixadora Maria Laura da Rocha, chefe da delegação brasileira, ressaltou a importância de um secretário-geral que atue de maneira imparcial e que promova diálogos e a reconciliação entre todas as partes envolvidas.
Por outro lado, o representante dos Estados Unidos, Michael Kozak, elogiou o trabalho de Almagro à frente da OEA e destacou a importância da continuidade do compromisso da organização em promover a democracia no continente. Kozak expressou a esperança de que os valores de liberdade de expressão e prosperidade econômica sejam promovidos sob a liderança de Ramdin.
A OEA, fundada em 1948 e composta por 32 países das Américas, é vista como a principal entidade multilateral do continente, tendo como objetivo promover a paz, justiça, solidariedade e colaboração entre seus estados-membros. Com a eleição de Albert Ramdin, a organização inicia um novo capítulo em sua história, marcado pela expectativa de um fortalecimento da democracia e da cooperação regional.