Vieira destacou que o bloqueio à ajuda humanitária é uma clara violação do direito internacional, especialmente diante da grave situação de fome e falta de insumos médicos que assola a região. Ele ressaltou que o governo israelense tem dificultado sistematicamente a entrada de caminhões com ajuda humanitária nas fronteiras com Gaza, prejudicando a população vulnerável que necessita desse suporte.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças estão morrendo de fome no norte da Faixa de Gaza, evidenciando a urgência da situação humanitária na região. O ministro também denunciou que mais de 15 mil toneladas de suprimentos de ajuda aguardam a aprovação de Israel para entrar em Gaza, incluindo uma grande quantidade de alimentos essenciais.
Durante sua apresentação no Senado, Vieira também abordou as recentes declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou as ações em Gaza às atrocidades cometidas por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. O chanceler defendeu a postura do Brasil em relação ao conflito entre Israel e Palestina, ressaltando a importância do respeito aos direitos humanos e à vida.
Além disso, o ministro expressou preocupação com a escalada do conflito colonial entre Israel e Palestina, destacando a necessidade de uma solução de dois estados com fronteiras internacionalmente reconhecidas. Ele lamentou as declarações de autoridades israelenses que sinalizam uma postura contrária à criação de um Estado palestino e ao aumento dos assentamentos ilegais em terras palestinas.
Por fim, Vieira reiterou o compromisso do Brasil com o diálogo e as negociações como caminho para alcançar a paz e a coexistência pacífica entre Israel e Palestina. Ele enfatizou a importância de se respeitar o direito internacional e garantir o bem-estar da população afetada pelo conflito na região de Gaza.